Em todos os anos, há um dia
especialmente dedicado ao amigo/a. Sem dúvida alguma, uma ótima oportunidade ou pretexto para se falar a respeito da Amizade num sentido mais amplo. “Amigo Universal”
não é uma ideia nova. A respeito dela podem ser encontradas referências em
alguns tipos especiais de literatura.
Do ponto de vista humano, para se
tornar um “Amigo Universal” é preciso passar por um processo, que começa com a
eleição ou escolha de um primeiro amigo/a. Desde que não se coloque obstáculos
ao seu surgimento, a amizade nasce e se desenvolve espontaneamente, livremente.
Pai, mãe, filho, filha, primo, prima, sobrinho, sobrinha, avô, avó não se
escolhe. Amigo, ao contrário, é uma escolha mútua que se dá por deliberação de
cada uma das partes.
Ter um amigo é abrir-se a um
relacionamento de igual para igual. É confiar no outro a ponto de poder trocar
com ele os próprios segredos e confidências. Ter um amigo é permitir-se falar
coisas que não se diria a nenhuma outra pessoa. É projetar a própria realidade
no outro como se este fosse um espelho, sem medo de como a própria imagem voltará, nele
refletida.
Pela amizade, os amigos ganham a
possibilidade de se conhecerem a si próprios, melhor e mais profundamente. Pela
amizade os amigos ganham a possibilidade de conhecerem ao outro de maneira mais
verdadeira e profunda.
Quem vive a experiência de ter um
amigo torna-se capaz de, pelo aprofundamento que adquiriu de si mesmo e do
outro, ganhar mais entendimento e compreensão quanto às demais pessoas
existentes perto ou longe. ”Amigo Universal” é aquele que faz uso dos
conhecimentos e experiências adquiridos em sua vivência de amizade com um ou
mais amigos, construindo um conceito de ser humano positivo capaz de
corresponder a uma amizade verdadeira.
Não é possível ter um número
muito grande de amigos com os quais se possa ter um grau tão profundo de
intimidade e de troca mútua. A “Amizade Universal” nasce de amizades abertas e
não fechadas, exclusivistas. Quem tem um amigo certamente foi capaz de vencer,
pelo menos em parte, o próprio egoísmo. Quem é capaz de se sentir “Amigo Universal” compreende melhor o ser
humano, não desacreditando de que, dentro de cada pessoa existe um lado bom e
verdadeiro, que precisa ser reconhecido para poder se desenvolver e prosperar.
Postado por José Morelli